O caso remonta a 2016 quando Manuel Maria Carrilho foi acusado de agredir o pedopsiquiatra Pedro Strecht. Foi nesta quarta feira que o tribunal condenou o ex-primeiro ministro a oito meses de prisão por ofensa à integridade física qualificada e injúria agravada contra o pedopsiquiatra.
No entanto Carrilho não irá enfrentar a prisão já que a pena foi convertida numa multa no valor de 2400€.
Foi precisamente no dia 22 de Janeiro do ano de 2016 durante o intervalo de uma das audiências (no processo de regulação de poder paternal que travava com Bárbara Guimarães) que o ex-primeiro ministro agrediu Pedro Strecht por não ter gostado do relatório apresentado pelo pedopsiquiatra em tribunal.
Em causa estava o relatório que avaliava os seus dois filhos Dinís, de 14 anos, e Carlota, de sete, fruto do casamento com Bárbara Guimarães.
Mais tarde Manuel Maria Carrilho pediu desculpas ao médico, alegando «pressão e descontrolo nervoso, por motivos da minha vida pessoal e familiar».
Adiantando que decidiu «espontaneamente« doar 1000 euros à FAMSER, uma associação apoiada ‘pro bono’ pelo conhecido pedopsiquiatra.
O médico aceitou o pedido e desistiu da queixa e do pedido de indemnização civil contra o ex-ministro. Justificou tal decisão alegando que Manuel Maria Carrilho fez uma «reparação condigna e pedido de desculpas pelo uso das expressões que lhe foram dirigidas pelo arguido». Expressões que reconhece como tendo sido proferidas por «negligência e desnorte no comportamento desabrido à saída da sala de audiência».
As desculpas foram aceites mas o julgamento prosseguiu pois a ofensa à integridade física qualificada é crime público e agora terá de pagar o valor estipulado.
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